Eventos econômicos e relatórios corporativos - sábado, 8 de novembro de 2025: inflação na China, shutdown dos EUA e conclusão da temporada de relatórios.

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Eventos econômicos e relatórios corporativos - sábado, 8 de novembro de 2025
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Principais eventos econômicos e relatórios corporativos para sábado, 8 de novembro de 2025: inflação na China, shutdown do governo dos EUA, conclusão da temporada de resultados e impacto dos dados macroeconômicos nos mercados globais.

A agenda deste sábado é relativamente tranquila, no entanto, os investidores estão atentos à divulgação de indicadores-chave e ao fechamento da semana. O foco está na inflação da China, cujos dados serão divulgados no final de semana, podendo impactar os mercados de commodities e as expectativas no início da próxima semana de negociações. Nos EUA, o shutdown do governo continua, resultando em cancelamentos de publicações de relatórios econômicos importantes (como o Non-Farm Payrolls), aumentando a incerteza sobre o estado da maior economia do mundo. Apesar disso, os mercados globais de ações mantiveram o otimismo graças à recente redução da taxa do Fed e aos resultados da temporada corporativa: a maioria das empresas dos índices S&P 500 e Euro Stoxx 50 já apresentou suas demonstrações financeiras do terceiro trimestre, formando uma dinâmica geral positiva nos mercados. No mercado russo, os investidores estão avaliando os resultados mais recentes das emissoras e as decisões sobre dividendos, com o rublo demonstrando relativa estabilidade. Nessas condições, é importante prestar atenção aos sinais macroeconômicos do final de semana e se preparar para o início de uma nova semana.

Calendário econômico (Moscou)

  • 04:30 (dom) — China: índices de preços ao consumidor (CPI) e preços dos produtores (PPI) de outubro.

Inflação na China: expectativas e impacto

  • As taxas de crescimento dos preços na China permanecem contidas: espera-se cerca de 0% ano a ano no CPI, o que se aproxima da deflação. A manutenção de uma baixa inflação indica uma fraca demanda interna e pode levar as autoridades chinesas a implementar estímulos adicionais para apoiar a economia.
  • O índice de preços dos produtores (PPI) provavelmente permanecerá em território negativo, refletindo a queda nos preços dos bens industriais. A redução dos preços em nível de produtor está relacionada tanto a uma base alta no ano passado quanto a uma demanda global moderada pelos produtos da indústria chinesa.
  • Os dados sobre inflação da China são importantes para os mercados de commodities e os países em desenvolvimento: a continuidade das tendências deflacionárias pode pressionar os preços dos metais e dos recursos energéticos, enquanto quaisquer sinais de revitalização na pressão de preços apoiarão as moedas e ações de países parceiros comerciais da China. Os investidores levarão em conta esses indicadores ao formular estratégias para a nova semana.

Petróleo e mercados de commodities

  • Petróleo: Os preços do petróleo Brent estão sendo mantidos no nível médio de $60 por barril após uma recente queda. A pressão no mercado aumentou devido à decisão da OPEP+ de aumentar a produção – essa medida estabilizou o mercado de combustíveis, mas levou a uma redução nos preços do Urals e do Brent para mínimas de vários meses. Além disso, preocupações sobre a desaceleração da economia global e fraqueza da inflação na China limitam o aumento dos preços, embora possíveis riscos geopolíticos continuem a sustentar um prêmio nos preços.
  • Metais preciosos: O ouro está sendo negociado próximo aos níveis recordes (≈ $3.400 por onça) em meio a uma incerteza aumentada e expectativas de flexibilização da política monetária. Os investidores estão utilizando metais preciosos como um ativo seguro em meio ao shutdown nos EUA e dados macroeconômicos fracos. A prata mostra uma dinâmica semelhante, permanecendo em torno de $38 por onça, enquanto a volatilidade dos preços aumenta com mudanças nas expectativas de inflação e rendimentos dos títulos.
  • Metais industriais: Os mercados de cobre, níquel e alumínio estão reagindo às notícias da China. O fraco PPI e os sinais de redução da atividade industrial pressionam os preços dos metais: o cobre oscila em torno de $4,50 por libra, refletindo um equilíbrio entre escassez de oferta e queda na demanda. Os preços do níquel e do alumínio caíram mais de 1% na semana, sinalizando expectativas de um excesso de oferta em meio a um consumo moderado. Quaisquer medidas de estímulo de Pequim ou melhoria nas estatísticas podem reverter essa dinâmica.

Principais relatórios corporativos

  • Palantir Technologies (PLTR) – desenvolvedora americana de soluções em big data e inteligência artificial. O relatório do terceiro trimestre refletiu um crescimento robusto na receita devido à demanda comercial pela plataforma AIP (Artificial Intelligence Platform). A empresa aumentou os lucros e a margem, mas sua capitalização segue sendo objeto de debate: após um crescimento múltiplo das ações, os investidores avaliam quão justificados estão os multiplicadores atuais em meio à desaceleração das encomendas governamentais e à necessidade de manter altas taxas de crescimento.
  • Advanced Micro Devices (AMD) – gigante americana de semicondutores, rapidamente expandindo sua presença no mercado de chips para inteligência artificial. O último relatório trimestral mostrou um crescimento de dois dígitos na receita (+30% ano a ano) e um salto acentuado no lucro líquido, impulsionado por pedidos recordes de provedores de nuvem. A parceria com a OpenAI (acordo para fornecimento de capacidade de GPU de 6 GW em troca de warrants) confirmou as ambições da AMD de competir com a líder de mercado NVIDIA. Os investidores avaliam positivamente essas transações estratégicas, mas estão atentos à dinâmica das margens e ao cumprimento dos contratos.
  • AstraZeneca (AZN) – uma das maiores empresas farmacêuticas da Europa. Após o terceiro trimestre, a empresa britânico-sueca continuou a aumentar sua receita em todos os segmentos-chave – oncologia, cardiologia e doenças raras mostram crescimento nas vendas. A AstraZeneca está investindo quantias significativas na ampliação de seu portfólio de medicamentos (mais de 20 projetos em estágios avançados de pesquisa clínica), estabelecendo uma base para o crescimento futuro. Os acionistas valorizam o equilíbrio entre inovação e estabilidade: a empresa paga dividendos estáveis (~2% ao ano), acima da média de mercado, e mantém sua atratividade para investidores de longo prazo.
  • Samsung Electronics – a bandeira do setor tecnológico asiático e um barômetro da demanda global por eletrônicos. O relatório trimestral da corporação sul-coreana indica um início de recuperação em sua divisão de semicondutores: o aumento nos pedidos de chips de memória e componentes para servidores de IA melhorou a lucratividade após a queda do ano passado. Ao mesmo tempo, o negócio móvel da Samsung mantém vendas estáveis de smartphones da linha premium, embora a concorrência no segmento esteja aumentando. Os investidores esperam que a diversificação dos negócios (de eletrônicos de consumo a chips) ajude a Samsung a manter suas posições de liderança e aproveitar a tendência global de desenvolvimento da inteligência artificial.
  • FosAgro (MOEX: PHOR) – um dos maiores produtores de fertilizantes do mundo e representante do mercado russo. A empresa divulgou seus resultados financeiros dos primeiros nove meses de 2025: apesar da volatilidade dos preços de fertilizantes, a FosAgro aumentou a produção em cerca de 4% ano a ano e manteve uma rentabilidade estável. O rublo fraco e a demanda consistente por fertilizantes fosfatados apoiaram a receita de exportação, embora restrições sancionatórias e logísticas permaneçam em foco. Os investidores no mercado russo receberam de forma positiva a demonstração financeira da empresa, antecipando a continuidade do pagamento de dividendos generosos ao final do ano.

Outras regiões e índices: S&P 500, Euro Stoxx 50, Nikkei 225, MOEX

  • Euro Stoxx 50: Na Europa, a temporada de resultados trimestrais está chegando ao fim – a esmagadora maioria das empresas do Euro Stoxx 50 já se manifestou. A falta de novas grandes divulgações significa que os mercados estão mudando o foco para fatores macroeconômicos. Na próxima semana, são esperados dados do PIB do Reino Unido e da zona do euro, que ajudarão a avaliar o risco de recessão em meio a uma inflação alta, porém em desaceleração. Os índices europeus encerraram a semana em alta, recuperando-se do otimismo gerado pela flexibilização das políticas dos bancos centrais, e agora sua dinâmica dependerá das estatísticas e sinais do BCE.
  • Nikkei 225 / Japão: No Japão, continua a publicação dos resultados do primeiro semestre do ano fiscal de 2025. Grandes conglomerados de manufatura e empresas de tecnologia (fabricantes de automóveis, corporações eletrônicas) estão, em geral, agradando os investidores com melhorias nos lucros, impulsionadas pela fraqueza do iene e pela recuperação da demanda externa. O índice Nikkei 225 atingiu máximas plurianuais nesta semana, recebendo apoio tanto dos fortes resultados corporativos quanto da política do Banco do Japão, que mantém uma postura monetária estimulante. No entanto, um fortalecimento adicional do iene ou riscos globais podem corrigir esse crescimento, portanto, o mercado japonês reage de forma sensível a sinais externos.
  • MOEX / Rússia: O mercado de ações russo encerrou a semana com um crescimento robusto: o índice da Bolsa de Moscou superou 2570 pontos em meio ao influxo de capital em blue chips. Os investidores reagiram positivamente a fatores locais – em particular, o conselho de administração da Rosneft aprovou recomendações para o pagamento de dividendos intermediários relativos aos primeiros nove meses, o que fortaleceu o interesse pelo setor de petróleo e gás. Além disso, a estabilidade do rublo (cerca de 80-82 ₽ por dólar dos EUA) e a inflação moderada na Rússia sustentam a atratividade dos ativos em rublos. Nas próximas semanas, os participantes do mercado aguardam os resultados corporativos restantes e monitoram os possíveis passos do Banco Central da Rússia, considerando a diminuição da pressão inflacionária.

Resultados do dia: no que os investidores devem prestar atenção

  • **1)** Dados da China: A publicação dos índices CPI/PPI da China no final de semana será o primeiro indicador para os mercados antes de segunda-feira. Quaisquer surpresas – como uma intensificação da deflação ou uma aceleração inesperada da inflação – podem impactar os preços das commodities (petróleo, metais) e definir o tom para as negociações na Ásia. Os investidores devem se preparar para reações a esses números, especialmente as empresas dependentes da demanda chinesa.
  • **2)** Shutdown nos EUA: O fechamento do governo dos EUA resulta em uma pausa sem precedentes nas estatísticas oficiais. A ausência do relatório do mercado de trabalho de outubro e a incerteza sobre a publicação dos dados de inflação nos EUA (CPI) aumentam a indefinição em relação à futura política do Fed. Para os investidores, é crucial monitorar indicadores alternativos (avaliações privadas de emprego, pesquisas com consumidores) e as notícias sobre negociações orçamentárias em Washington – qualquer progresso rumo à retomada das operações das instituições públicas pode impactar acentuadamente os rendimentos dos títulos do governo, a cotação do dólar e o sentimento dos mercados globais.
  • **3)** Preços do petróleo e mercado de energia: Após a decisão da OPEP+ de aumentar as cotas de produção, os preços do petróleo permanecem sob pressão. Os investidores no setor energético devem prestar atenção à retórica da OPEP+, às estatísticas sobre estoques de petróleo e às notícias das principais regiões produtoras. A volatilidade dos preços do petróleo pode aumentar, o que, por sua vez, impactará as ações das empresas de petróleo e gás, bem como os títulos de alto rendimento de países em desenvolvimento.
  • **4)** Orientações corporativas: Embora o pico da temporada de resultados tenha passado, a influência das notícias corporativas permanece. Previsões e comentários da gestão de diversos gigantes tecnológicos (semicondutores, IA) e empresas de consumo moldarão o sentimento em setores específicos. É importante observar as atualizações nas previsões de vendas para o período de festividades por parte dos varejistas e a dinâmica dos pedidos na indústria – esses indicadores antecedentes podem redirecionar o foco dos investidores dos riscos macroeconômicos para histórias de crescimento setoriais específicas.
  • **5)** Gestão de riscos no final de semana: Considerando os altos níveis dos índices de ações e a incerteza (shutdown, geopolítica, dados da China), os investidores são aconselhados a manter cautela. À medida que uma nova semana de negociações se aproxima, é útil revisar os níveis de stop-loss para as principais posições, avaliar a necessidade de hedge (por exemplo, através de ouro ou opções) e se preparar para possíveis saltos nos preços na abertura dos mercados na segunda-feira. Um plano de ação bem pensado ajudará a enfrentar a nova semana preparados, independentemente do desenrolar dos acontecimentos.

Mercados em 8 de novembro de 2025: criptomoedas, commodities e moedas

Criptomoedas: O Bitcoin (BTC/USD) corrige-se em -2,1% na sexta-feira, caindo para $125.300, perdendo cerca de $2.700 em um dia. Após alcançar máximas de vários meses acima de $128 mil na semana passada, a maior criptomoeda enfrentou uma realização de lucros. O Ethereum e outros altcoins também estão predominantemente em baixa, refletindo uma redução no apetite por risco durante o fim de semana.

Índices de ações e futuros:

  • Shanghai Composite: 3.715,8 (+0,4%)
  • Hang Seng Futures: 25.100 (+0,8%)
  • Nikkei 225 Futures: 43.850 (+1,2%)
  • Euro Stoxx 50 Futures: 5.410 (+0,3%)
  • S&P 500 Futures: 6.450,5 (+0,1%)

Commodities:

  • Petróleo Brent: $67,20/bar. (+0,5%)
  • Gás Natural (HH): $3,01/MMBtu (-0,3%)
  • Ouro: $3.389,50/onça (-0,3%)
  • Prata: $37,80/onça (+0,2%)
  • Cobre: $4,47/libra (+0,4%)
  • Níquel: $13.200/t (-1,0%)
  • Alumínio: $2.560/t (-0,9%)

Mercado de câmbio (Forex):

  • EUR/USD: 1,1625 (+0,1%)
  • USD/RUB: 81,23 ₽ (-0,2%)
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