Notícias do mercado de petróleo e energia sábado 8 de novembro de 2025 — petróleo, gás, energia, sanções e estabilização dos preços dos combustíveis

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Notícias de Energia: petróleo, gás, energia e estabilidade no mercado
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Principais notícias do setor energético em 8 de novembro de 2025: pressão sancionatória severa, preços estáveis do petróleo, estoques recordes de gás, novos recordes em fontes de energia renováveis, alta demanda por carvão na Ásia e continuidade das medidas de estabilização dos preços de combustíveis na Rússia.

Ao considerar os eventos recentes do complexo de petróleo e energia (TPE) até esta data, observa-se uma combinação de aumento da tensão geopolítica e relativa estabilidade nos mercados de matérias-primas. Após contatos esporádicos entre a Rússia e o Ocidente, não houve uma redução significativa no confronto — pelo contrário, novas sanções foram implementadas, aumentando os riscos para o setor energético. Ao mesmo tempo, os preços globais do petróleo se mantêm em um nível moderado em torno de US$ 60 por barril, graças a ações coordenadas da OPEP+ e ao desaceleramento da demanda. O mercado europeu de gás entra o inverno de forma confiante: os estoques de gás subterrâneo na UE estão preenchidos até níveis recordes, proporcionando uma reserva de segurança antes do inverno e mantendo os preços no mercado em índices relativamente baixos. Ao mesmo tempo, a transição energética global ganha um novo impulso — em diferentes países, são registrados recordes na geração de eletricidade a partir de fontes renováveis, embora os países ainda não abandonem os recursos tradicionais para a confiabilidade dos sistemas energéticos. Na Rússia, após o aumento dos preços no verão, as autoridades continuam implementando um conjunto de medidas para estabilizar o mercado interno de combustíveis, normalizando gradualmente a situação. Abaixo está uma visão detalhada das principais notícias e tendências nos setores de petróleo, gás, energia e matérias-primas na data atual.

Mercado de petróleo: OPEP+ faz uma pausa no aumento da produção, excesso de oferta contém os preços

Os preços mundiais do petróleo no início de novembro mantêm relativa estabilidade. O tipo de referência Brent é negociado em torno de US$ 64–66 por barril, enquanto o americano WTI varia entre US$ 60–62. As cotações atuais estão aproximadamente 10–12% abaixo dos níveis do ano passado, refletindo a normalização gradual do mercado após o aumento de preços dos anos anteriores. A dinâmica de preços é influenciada por uma combinação de fatores, incluindo:

  • Ações da OPEP+. O conjunto de países produtores de petróleo confirmou no início de novembro um aumento planejado nas cotas de produção de apenas +137 mil barris/dia em dezembro e, em seguida, sinalizou sua intenção de fazer uma pausa em futuros aumentos na oferta no primeiro trimestre de 2026. Essa abordagem cautelosa visa evitar a superprodução do mercado e apoiar os preços em um nível aceitável, enquanto os participantes da OPEP+ lutam para manter sua participação no mercado.
  • Crescimento fraco da demanda. O consumo global de petróleo está aumentando a passos lentos. Segundo estimativas da Agência Internacional de Energia (AIE), o aumento da demanda em 2025 será de menos de 1 milhão de barris por dia (em comparação a cerca de 2,5 milhões de barris/dia em 2023). A OPEP também projeta um crescimento modesto de cerca de +1,2 milhões de barris/dia. A desaceleração da economia, especialmente na Europa e na China, e os efeitos dos altos preços dos anos anteriores (que estimularam a conservação de energia) limitam o apetite por petróleo.
  • Aumento de estoques e oferta fora da OPEP+. Estoques comerciais de petróleo nos EUA e em outros países aumentaram no outono, sinalizando a formação de um excesso de oferta no mercado. Além disso, alguns produtores fora da OPEP+ estão aumentando suas exportações. Por exemplo, a Arábia Saudita aumentou suas vendas externas de petróleo drasticamente após o fim da alta demanda interna. Esses fatores aumentam a pressão sobre as cotações mundiais.
  • Condições financeiras e monetárias. A valorização do dólar americano chega a um máximo em meses, tornando as matérias-primas mais caras para compradores com outras moedas, o que limita a demanda. Ao mesmo tempo, os bancos centrais dos países desenvolvidos mantêm uma política monetária cautelosa, o que resfria a atividade econômica e o consumo de combustíveis.

Em conjunto, as condições mencionadas mantêm os preços do petróleo em um intervalo estabelecido, o que favorece os importadores de matérias-primas, mas apresenta novos desafios para os países produtores de petróleo. Os participantes do mercado estão atentos aos próximos passos da OPEP+: se a situação mudar, o grupo pode revisar seus planos de produção. Por enquanto, a previsão para os próximos meses continua moderadamente otimista: na ausência de choques, os preços provavelmente permanecerão em torno dos níveis atuais.

Mercado de gás: A Europa enfrenta o inverno com estoques recordes e preços estáveis

No mercado global de gás, a atenção está voltada para a prontidão da Europa para o período de inverno. Os estoques de gás subterrâneo (ESG) dos países da UE estão preenchidos em mais de 95% no início de novembro — um índice recorde, superando o nível alvo estabelecido pelos reguladores. Graças a essa reserva de segurança e ao fluxo estável de gás natural liquefeito (GNL), os preços de atacado do gás na Europa têm se mantido em um nível relativamente baixo, quase metade do que eram no ano passado e infinitamente inferiores aos picos de 2022. O papel central foi desempenhado pela concorrência reduzida por parte de compradores asiáticos: altos estoques na China e em outros países da região resultaram em uma redução da demanda por GNL, permitindo redirecionar volumes adicionais para a Europa.

Como resultado, o mercado europeu entra no inverno sem a nervosidade habitual dos últimos anos. Mesmo paradas planejadas na produção local e manutenções em campos noruegueses foram compensadas pelo aumento das importações. Com a entrada em operação de novos terminais e a assinatura de contratos de longo prazo para fornecimento de GNL, a União Europeia reduziu significativamente a dependência do gás natural canalizado da Rússia, reduzindo sua participação nas importações a poucos por cento. Analistas observam que, sob condições climáticas normais, a oferta de gás neste inverno permanecerá suficiente e os preços, moderados. No entanto, a manutenção desse equilíbrio dependerá de vários fatores: tanto de possíveis anomalias de temperatura nos meses de inverno quanto da programação de lançamento de novos projetos de GNL ao redor do mundo. Até 2026, espera-se que significativas capacidades de exportação de gás sejam introduzidas (principalmente nos EUA e no Canadá), o que pode criar um excesso global e pressão adicional sobre os preços.

Política internacional: o confronto sancionatório se intensifica e forma novos riscos para a energia

A situação geopolítica em torno dos mercados de energia se agravou nas últimas semanas. Após tentativas infrutíferas de estabelecer um diálogo durante o verão, o Ocidente passou a aumentar a pressão sancionatória sobre a Rússia. No final de outubro, os Estados Unidos impuseram novas sanções às maiores empresas petrolíferas russas - Rosneft e Lukoil. Essas medidas visam restringir o comércio de petróleo da Rússia, e refinadores indianas e chineses têm até 21 de novembro para cessar operações com os contratantes que foram alvo das sanções. De fato, Washington sinalizou a disposição de endurecer as sanções secundárias, forçando importadores-chave de petróleo russo a rever a cooperação com Moscou. Paralelamente, os países da União Europeia e do G7 continuam coordenando a política de sanções. Embora um novo pacote de restrições esteja sendo discutido por mais tempo do que o esperado devido à necessidade de consenso, o foco permanece na contenção de esquemas de contorno e no aprimoramento da supervisão sobre o cumprimento dos tetos de preços estabelecidos para petróleo e derivados.

O confronto sancionatório mantém a incerteza para o mercado: os investimentos em projetos russos estão associados a riscos elevados, e a reorganização dos fluxos de matérias-primas não é isenta de dificuldades. No entanto, a oferta global de petróleo permanece suficiente, graças ao redirecionamento da exportação russa para a Ásia e ao aumento das entregas de outros players. Especialistas observam que os mercados de energia aprenderam a se adaptar às realidades das sanções: por exemplo, foi formado uma "frota sombra" de petroleiros para transportar petróleo russo fora da cobertura de seguradoras ocidentais. No entanto, novas restrições podem potencialmente causar interrupções pontuais — desde a redução de investimentos na produção até problemas logísticos locais. Um fator adicional de instabilidade permanece o conflito militar: ações hostis em andamento e ataques esporádicos (incluindo contra oleodutos ou refinarias) podem impactar as rotas de entrega. De modo geral, a geopolítica continua sendo o parâmetro mais incerto para o mercado de recursos energéticos, exigindo das empresas e investidores maior atenção a possíveis mudanças bruscas nas condições de comércio.

Ásia: A Índia reduz a importação de petróleo russo, a China fortalece sua segurança energética

Os países asiáticos, especialmente a Índia e a China, continuam a desempenhar um papel fundamental nos mercados globais de recursos energéticos, embora suas estratégias estejam evoluindo sob a influência de fatores externos. A Índia, até recentemente, era a maior compradora de petróleo russo, aproveitando ativamente os descontos no petróleo. No entanto, sob pressão de Washington, empresas indianas estão dispostas a reduzir significativamente as compras de petróleo da Rússia. Em resposta às sanções dos EUA contra Rosneft e Lukoil, refinadores indianos estão revisando seus contratos: a maior corporação, a Reliance Industries, planeja interromper a importação de acordo com um contrato de longo prazo com a Rosneft, e as refinarias estatais estão se certificando de que, a partir de novembro, nenhuma remessa provenha diretamente de empresas sob sanção. Isso significa que o volume de fornecimentos russos para a Índia (mais de 1,7 milhões de barris/dia em média de janeiro a setembro) começará a diminuir. Nova Délhi espera compensar a queda com volumes do Oriente Médio e da África; embora essa reestruturação possa aumentar os custos de importação (analistas estimam um aumento potencial da conta de petróleo em cerca de 2%), ajudará a evitar tarifas comerciais e manter o acesso dos produtos indianos ao mercado dos EUA. Ao mesmo tempo, a Índia acelera a diversificação: aumentando sua capacidade de refino interna e importando GNL, reforçando a segurança energética.

A China, por outro lado, mantém um alto nível de compras de fontes energéticas russas, aproveitando a situação. Após a saída dos clientes europeus, Pequim tornou-se o principal comprador de petróleo e gás russos, assegurando uma demanda estável. Relatórios indicam que a exportação russa de petróleo para a China continua a crescer: por exemplo, acordos entre a Rosneft e a CNPC permitiram aumentar o transporte de petróleo através do Cazaquistão em cerca de 2,5 milhões de toneladas por ano. As empresas chinesas também estão comprando ativamente gás liquefeito por meio de contratos de longo prazo, aproveitando os preços favoráveis. Nesse sentido, a China busca reduzir sua dependência de importações: a exploração de campos dentro do país continua, enquanto o país lidera o mundo na adição de novas capacidades em energia solar e eólica. Na primeira metade de 2025, a geração de eletricidade de fontes renováveis na China cresceu a tal ponto que o consumo de carvão caiu 2% em relação ao ano anterior. Assim, Índia e China respondem de maneiras diferentes aos desafios externos: a Índia é forçada a reduzir a cooperação com a Rússia para preservar relações com o Ocidente, enquanto a China aprofunda a parceria energética com a Rússia, ao mesmo tempo investindo em sua própria produção e energia "verde".

Transição energética: crescimento recorde em fontes renováveis e primeiros sinais de redução da participação da geração de carvão

A transição global para energia limpa em 2025 demonstra novos feitos. Segundo analistas, a geração total de eletricidade a partir de fontes renováveis (usinas solares e eólicas) superou pela primeira vez a produção das usinas de carvão. Na primeira metade do ano, a geração solar global aumentou cerca de 30% em comparação ao mesmo período de 2024, e a eólica, 7–8%, o que permitiu atender à maior parte do crescimento da demanda por eletricidade. Este é um momento histórico: a energia limpa começou a conter o crescimento do uso de combustíveis fósseis. A contribuição significativa para o rápido desenvolvimento de fontes renováveis foi dada pela China e pela Índia, que estão rapidamente aumentandо suas capacidades. Para comparação, na Europa e nos EUA, o crescimento da geração renovável também continua, mas flutuações climáticas (vento anormalmente fraco, seca) resultaram em um aumento temporário na operação de usinas a gás e carvão. No entanto, segundo previsões da Agência Internacional de Energia, as capacidades globais de fontes renováveis devem dobrar até o final da década, com cerca de 80% das novas adições sendo painéis solares.

Apesar dos recordes da energia "verde", os métodos tradicionais de geração de energia continuam a ser relevantes. Para garantir eletricidade contínua e ininterrupta, os países utilizam usinas a gás, carvão e nucleares como capacidades de equilíbrio. Simultaneamente, o desenvolvimento da infraestrutura de armazenamento de energia (sistemas de baterias, usinas hidrelétricas reversíveis) continua, mas sua escala ainda é insuficiente para substituir completamente o papel da geração tradicional em horários de pico. Para os investidores, isso significa que, embora a descarbonização esteja ganhando ritmo, os setores de petróleo, gás e carvão continuarão a desempenhar suas funções a curto prazo, garantindo a carga básica e a segurança energética. Ao mesmo tempo, a crescente demanda por equipamentos para fontes renováveis e infraestrutura de redes elétricas abre novas oportunidades de mercado, estimulando o fluxo de capital para o setor de energia renovável.

Carvão: a demanda asiática mantém o mercado mundial em níveis historicamente altos

Apesar da agenda climática, o mercado global de carvão em 2025 permanece extremamente robusto. O consumo global de carvão atingiu níveis recordes, quase igualando o pico de 2022. Os principais motores do consumo são os países asiáticos. A China e a Índia continuam a obter uma parte significativa de sua eletricidade por meio da geração de carvão, assegurando a carga básica de seus sistemas energéticos. Embora as taxas de crescimento do consumo de carvão nesses países tenham diminuído devido ao desenvolvimento de fontes renováveis (na China e na Índia, observa-se um lento crescimento na operação de termelétricas a carvão), em termos absolutos, a sua demanda permanece enorme. Um impulso adicional vem de economias em desenvolvimento no Sudeste Asiático (Indonésia, Vietnã, entre outros), onde a construção de novas usinas a carvão continua para satisfazer as crescentes necessidades energéticas.

Como resultado, a produção global de carvão permanece em níveis elevados. Os maiores exportadores — como Indonésia, Austrália e Rússia — estão aumentando a produção para atender os mercados asiáticos, compensando a queda na demanda na Europa e América do Norte. Os preços do carvão energético diminuíram significativamente no último ano em comparação aos valores de pico do crise de 2022, mas continuam atraentes o suficiente para os produtores. Muitas empresas mineradoras estão registrando altos lucros, o que estimula investimentos na manutenção ou até mesmo expansão das capacidades de extração. Ao mesmo tempo, a pressão internacional no combate às mudanças climáticas está aumentando: instituições financeiras estão cada vez mais se recusando a financiar novos projetos de carvão, prevendo que a demanda global atingirá um platô nos próximos anos. Assim, a indústria do carvão atualmente equilibra entre o crescimento de curto prazo, impulsionado pela demanda asiática, e os desafios de longo prazo da transição para uma economia de baixo carbono.

Mercado russo de derivados de petróleo: medidas de estabilização e primeiros resultados

No segmento interno de combustíveis da Rússia, após a crise de preços do verão, a situação está gradualmente sendo controlada graças a medidas de emergência do governo. Em agosto, os preços de atacado de gasolina e diesel atingiram níveis máximos históricos (as cotações de gasolina A-95 superaram 80 mil rublos/tonelada), levando a uma escassez local em várias regiões. As causas do aumento foram uma combinação de fatores: crescimento sazonal no consumo de combustíveis, redução dos pagamentos pelo mecanismo de amortecimento, uma série de paradas não planejadas em refinarias (incluindo devido a ataques de drones) e o atrativo do exportação, que levou as empresas a reduzir os suprimentos para o mercado interno. Em resposta, as autoridades impuseram restrições à exportação de derivados de petróleo: para empresas verticalmente integradas, a proibição de exportação de gasolina e diesel esteve em vigor até o final de setembro, enquanto para produtores independentes e traders, a proibição se estendeu até o final de outubro. As empresas de petróleo foram obrigadas a priorizar o fornecimento de produtos para consumidores internos; as programações de manutenção em grandes refinarias foram ajustadas para evitar a paralisação das capacidades durante os períodos de demanda máxima. As entregas de combustíveis para regiões problemáticas (como o Extremo Oriente e a Crimeia) também foram aumentadas, o que suavizou os desequilíbrios.

No início de novembro, as medidas implementadas começaram a dar resultados. Os preços de atacado recuaram dos valores máximos: em comparação a meados de agosto, a gasolina caiu cerca de 8%, e o diesel, 5–6%. Os preços de varejo se estabilizaram; segundo dados do Rosstat, o aumento dos preços nos postos de gasolina desde o início do ano é de cerca de 8%, que, embora acima da inflação, não aumentou nas últimas semanas. O governo declara que a situação está se normalizando e que não há escassez de combustíveis nos postos de gasolina. Ao mesmo tempo, foi decidida a correção dos parâmetros do sistema de amortecimento — ampliando os limites de variação do preço dos combustíveis, nos quais os refinadores recebem compensação. Essa medida permitirá que as refinarias recebam pagamentos mesmo com preços internos mais altos, reduzindo o incentivo a redirecionar produtos para a exportação. Comentário: “Os reguladores, na verdade, são forçados a atender as empresas petrolíferas, caso contrário, o setor não poderá abastecer o mercado de combustíveis de maneira estável. O aumento do limite de amortecimento é uma medida justificada, embora represente riscos de aceleração da inflação, mas, nas condições atuais, é inevitável. Essa decisão tornará o aumento de preços mais previsível e evitará uma grave escassez de combustíveis”, afirmam especialistas do setor.

Espera-se que, com a manutenção do controle do governo, o aumento dos preços dos combustíveis na segunda metade do ano possa ser mantido dentro de limites aceitáveis. As restrições à exportação devem ser suavizadas de forma gradual — apenas após a completa saturação do mercado interno e a criação de reservas. As autoridades também consideram a introdução de tarifas de proteção à exportação de derivados de petróleo no futuro, se necessário, para conter os preços dentro do país. Assim, a liderança energética busca equilibrar entre apoiar os refinadores e proteger os interesses dos consumidores, gradualmente tirando o mercado de combustíveis de uma situação de estresse.

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